Pará prevê 8,6 mil mortos por Covid-19 e pede (novo) socorro ao Banco Mundial

Um novo empréstimo, ainda desconhecido pelos paraenses, está em análise no governo federal. Nele, o pedido de mais R$ 301 milhões para o Banco Mundial.

Por Luiz Fernando Toledo e José Brito da CNN, em São Paulo

O governo do Pará prevê que 8,6 mil pessoas vão morrer pelo novo coronavírus no estado, com falta de leitos e atendimento aos doentes. Por este motivo, recorreu ao Banco Mundial, uma instituição financeira internacional, para pedir um empréstimo de US$ 55 milhões (R$ 301 milhões). É o que aponta um documento obtido pela CNN, que está em análise no Ministério da Economia. Nesta segunda-feira (25), a capital Belém e mais nove cidades paraenses encerraram o lockdown, um protocolo de isolamento total para tentar conter o avanço da Covid-19.

Com 8,6 milhões de habitantes, segundo estimativa populacional do IBGE de 2019, o estado tem 15,2 mil leitos hospitalares, sendo 10,7 mil deles do Sistema Único de Saúde (SUS) e 4,4 mil privados. Há, atualmente, segundo o relatório produzido pelo governo, um déficit de 2.309 leitos. “Conforme essa projeção, o estado deverá ficar sem UTIs COVID-19 no auge da demanda, que deverá acontecer no próximo mês de maio de 2020, e serão necessárias 1.294 novas UTIs. Esta demanda corresponde a 16,01 vezes o número de leitos de UTI dedicados ao COVID-19 e 2,22 vezes o número total de UTIs instaladas em todo o estado”.

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