Análise de Conjuntura Política no Pará. 1ª parte



Por Diógenes Brandão


O blog do portal Amazon Live traz uma série de episódios de um debate entre cientistas políticos brasileiros, realizado no Youtube, onde o professor Edir Veiga, doutor em Ciência Política pela UFPA, faz uma análise sobre a conjuntura política paraense, com destaque para os altos e baixos de Helder Barbalho, do início do seu governo, que realizou contratos repletos de irregularidades durante a pandemia da COVID-19. Muitos desse contratos foram denunciados por jornalistas que acabaram sendo retaliados com o uso do aparato estatal em uma perseguição política e policial por revelarem as irregularidades e desvios existentes e que hoje estão sendo noticiados por todo o mundo, após as operações da Polícia Federal, inclusive na casa do governador, que também teve suas contas e bens bloqueados pela justiça.

No primeiro episódio, Edir Veiga faz um apanhado histórico sobre a polarização política existente na disputa pelo poder no Pará. Pós-64 com a disputa entre PDS, PMDB e posteriormente com o PSDB, sendo alterada com o PT que elegeu Ana Júlia, em 2006. 

Com a volta do PSDB, através de Simão Jatene que governou por 3 mandatos, vindo em 2018 o retorno da família ao poder, através de Helder, que mantém uma maioria esmagadora na ALEPA, com uma coalizão articulada com partidos de esquerda e de direita, com uma relação articulada com a grande imprensa e movimentos sociais, assim como controle da maioria dos prefeitos. 

Nos primeiros meses, Helder teve êxito no combate à violência e inaugurou algumas obras deixadas incompletas por Simão Jatene e no início da pandemia teve um bom e forte desempenho, alinhado com as orientações da OMS e demais governadores, mas nesse momento está sofrendo abalos com a ação da Polícia Federal, do MPF, STJ, pela compra de respiradores e de merenda escolar e que o deixa abalado nos setores mais informados da sociedade. 

O cientista também lembra que há 12 anos, apesar de Fernando Haddad ter sido mais votado no estado em 2018, a capital paraense tem um consenso contingente anti-esquerda, fazendo com que o pré-candidato Edmilson Rodrigues (ex-PT e hoje no PSOL) venha conseguindo liderar as pesquisas pré-eleitorais e até chegar no segundo turno das eleições municipais, mas tem sido derrotado sistematicamente, em seu desejo de voltar a ser prefeito de Belém.

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