Sem o PSOL, deputados cobram transparência do governo Helder

Marinor Brito é deputada estadual pelo PSOL, que se diz oposição, mas não vota e nem assina documentos que contrariam os interesses do governador Helder Barbalho (MDB).

Por Diógenes Brandão

Parece brincadeira, mas é verdade: Dos 41 deputados, apenas 06 estão realmente cumprindo seu papel constitucional como parlamentares e fiscalizando o poder executivo no Pará.

Em ofício assinado em conjunto, os deputados Eliel Fastino (DEM), Thiago Araújo , Dra. Heloísa Guimarães (DEM), Fábio Figueiras (PSB), Delegado Caveira e Delegado Toni Cunha solicitam informações ao secretário estadual de Saúde, Alberto Beltrame, sobre detalhes ocultados pela falta de transparência do governo de Helder Barbalho.

A deputada Marinor Brito (PSOL), que se diz oposição ao governo do MDB e de estar sempre vigilante às irregularidades e desvios, estranhamente não se interessou em assinar a solicitação por informações dos colegas. Há quem diga que a única parlamentar do PSOL na ALEPA, tem se comportado de forma dúbia. Nos discursos faz oposição, mas na prática, na aprovação de projetos e documentos como esse, não quer incomodar o governador para que este ajude o seu companheiro de partido, Edmilson Rodrigues, pré-candidato a prefeito de Belém pela quinta 5ª vez.

Diferente do Pará, em Barasília, Edmilson e demais deputados do PSOL são bastante críticos e cobram transparência dos governos, sobretudo de Bolsonaro. No Pará, mesmo com servidores públicos sendo reprimidos com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo, durante a votação do projeto que aprovou a Reforma da Previdência e aumentou o desconto nos contra-cheques de milhares de aposentados e servidores da ativa, o deputados Edmilson Rodrigues silenciou diante do "Pacote de Maldades" imposto pelo governador do Pará.

O deputado Thiago Araújo usou o Facebook e o Instagram para explicar os motivos da cobrança de transparência para o secretário de saúde do estado.